Durante a sessão solene de abertura dos trabalhos do ano de 2024, na Câmara Municipal de Porto Franco-MA, a Secretária de Educação do município, Nalva Veras, protagonizou um episódio de descontrole e desrespeito aos protocolos da casa legislativa. O incidente ocorreu após o Vereador de oposição Saló Geré realizar críticas e cobranças ao município, especialmente em relação às condições precárias das escolas, incluindo a recente queda do teto em uma delas.
Nalva Veras, que representava o prefeito Deoclides Macedo na ocasião e já havia utilizado a tribuna, tentou de maneira desequilibrada tomar o microfone e quebrar o protocolo da sessão solene. Ignorando as orientações do presidente da câmara e até de seus próprios aliados, como o vereador Rogério da Van, 1º secretário, que destacaram se tratar de uma sessão solene sem direito de réplica, mesmo assim, a secretária insistiu em exigir seu direito de fala.
Surpreendentemente, Nalva Veras, que afirmou conhecer os deveres de um vereador por já ter ocupado o cargo, parece ter esquecido ou ignorado o regimento interno da casa legislativa, demonstrando atitudes incompatíveis com a postura esperada de um parlamentar.
Além disso, a secretária foi duramente criticada por sua atitude desdenhosa ao cumprimentar efusivamente os vereadores da base do prefeito, enquanto referia-se aos vereadores de oposição de maneira genérica, usando termos como “quaisquer” e “outros”, sem sequer mencionar seus nomes. Esse comportamento foi classificado como mal educado e nada diplomático, destoando do esperado de um agente público.
O descontrole de Nalva Veras durante a sessão levanta questionamentos sobre a capacidade da Secretária de Educação em lidar com críticas construtivas e divergências de opinião, especialmente em um ambiente democrático como a Câmara Municipal. O incidente também reforça a necessidade de uma postura mais respeitosa e ética por parte dos agentes públicos, independentemente de suas posições políticas.
A sociedade aguarda esclarecimentos da Secretária de Educação em relação ao episódio, bem como uma reflexão sobre a importância do respeito às normas e ao diálogo construtivo no ambiente político local.
Vale ressaltar que a Secretaria de Educação tem processo em andamento, onde o MP pede que ela seja condenada a devolver a quantia de R$ 270 mil aos cofres públicos por recebimento indevido de acúmulo de função.