Presidente da Funac fala sobre o acolhimento de crianças e adolescentes em conflito com a lei

Presidente da Funac fala sobre o acolhimento de crianças e adolescentes em conflito com a lei

O programa ‘Em Discussão’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu, nesta sexta-feira (16), a presidente da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), Sorimar Sabóia. Na entrevista aos radialistas Henrique Pereira e Álvaro Luiz, ela falou sobre o trabalho da instituição no acolhimento de crianças e adolescentes em conflito com a lei.

“Nós temos esse atendimento inicial constante, conforme dita o Estatuto da Criança e do Adolescente, que atende os adolescentes que são apreendidos ou a quem se atribui a autoria de ato infracional na Grande Ilha. Após o ato em flagrante ou pela apreensão da Justiça, ele é encaminhado à Funac, que realiza a identificação da família, presta os primeiros socorros, supre as necessidades de alimentação e higiene e apresenta esse adolescente ao promotor ou ao juiz, que devem decidir se ele será liberado mediante um compromisso da família ou, em virtude da gravidade do ato, cumpra uma medida de internação provisória”, explicou Sorimar Sabóia.

A presidente da Funac disse ainda que a instituição trabalha como um centro integrado, onde funciona desde a delegacia, que faz a apreensão, um núcleo da Defensoria Pública e o Ministério Público, garantindo todos os direitos ao menor infrator, com exceção da liberdade.

“Nesses 45 dias de internação provisória, ele tem uma jornada sociopedagógica do acordar até o pernoitar dele. Então, tudo o que ele vai fazer dentro desse centro é programado com uma equipe. Ele acorda, faz a higiene pessoal, toma o café, após isso ele pode ir para a escola dentro do centro ou fazer alguma prática esportiva. Sendo necessário, ele tem um atendimento especializado com assistente social, pedagogo, advogado e psicólogo. Nós temos toda uma equipe montada para atender e compreender esse adolescente”, afirmou.

Sorimar Sabóia destacou, também, que grande parte dos jovens apreendidos são oriundos de famílias de baixa renda e precisam da intervenção do Estado.

“A socioeducação é uma política pública nacional, que infelizmente ainda é muito invisibilizada pelo preconceito que as pessoas possuem com esse atendimento e isso afeta não somente os adolescentes, mas também os trabalhadores do sistema. Nós trabalhamos principalmente para a sociedade, porque quando mudamos pensamentos, valores e condutas de adolescentes, devolvemos para a sociedade e para a família uma pessoa melhor”, assinalou a presidente da Funac.

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