Nesta terça-feira (19), hospitais filantrópicos e casas de saúde suspenderam parcialmente as atividades em São Luís, em adesão à paralisação, em caráter simbólico, realizada em todo o país, cobrando a atualização da tabela de repasses efetuados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a Confederação de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), cerca de 1800 unidades de saúde aderiram à paralisação, que alerta para a defasagem no valor dos recursos financeiros destinados aos hospitais filantrópicos. Desde o Plano Real, em 1994, até os dias de hoje, os reajustes totalizam, em média, 93,7%.
No Maranhão, seis hospitais filantrópicos e santas casas estão em atividade, ofertando atendimentos eletivos, como consultas, exames e cirurgias para a população. O presidente da Federação Maranhense de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Antônio Dino, explicou que apenas a marcação de consultas e o serviço personalizado de atendimento (Spa) foram suspensos, em caráter provisório, por apenas um dia.
“A gente paralisou toda a marcação de consultas e atendimentos de Spa […] mas é importante ressaltar que é só no dia de hoje. Amanhã já volta ao normal […]”, disse o presidente da Federação Maranhense de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos.
Antônio Dino também destacou que a paralisação visa chamar atenção para a importância do setor filantrópico ao sistema de saúde. O volume assistencial de hospitais filantrópicos chega a 70% em setores de alta complexidade, que envolvem a utilização de alta tecnologia e procedimentos de alto custo. Em setores de média complexidade, o volume assistencial é de 51%.
“É um alerta para ver como o setor filantrópico vai fazer falta na saúde do Brasil. Se a tabela SUS for defasada, breve nós seremos obrigados a fechar as portas […] é um setor importante para a saúde do Brasil, mas que tá sofrendo muito com essa defasagem”, concluiu.