Álvaro Pires sob alerta na CPI dos Contratos Emergenciais

 

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada pela Câmara de São Luís para investigar contratos emergenciais da gestão de Eduardo Braide (PSD), realizou uma reunião na última quarta-feira (29).

A sessão ouviu o ex-presidente da Central Permanente de Licitação (CPL) de São Luís, Washington Ribeiro Viêgas Neto, sobre um contrato emergencial de R$ 18 milhões com a empresa Aroma & Sabor Alimentos Ltda., conhecida como Pier 77, para fornecimento de alimentação a hospitais municipais.

Presidida pelo vereador Álvaro Pires (PSB), a CPI focou em esclarecer a dispensa de licitação e os possíveis favorecimentos políticos no contrato, que beneficiou Arthur Henrique Segalla de Carvalho Pereira, ex-assessor de Braide.

Durante a sessão, o vice-presidente da comissão, vereador Pavão Filho (PSB), destacou a falta de transparência e o desrespeito às recomendações da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) referentes ao contrato. Viêgas Neto afirmou que seu papel na CPL era técnico e que chegou a discutir pessoalmente as questões do contrato com o prefeito Braide, mas foi exonerado antes de ver as correções implementadas.

“Eu julguei relevante [o contrato] por conta do valor, do período eleitoral e do caráter emergencial. Pedi agenda com o prefeito, e ele insistiu que o contrato fosse assinado, caso houvesse ‘possibilidade jurídica’”, afirmou Viêgas Neto.

A responsabilidade da CPI e de Álvaro Pires

A CPI tem a responsabilidade de dar uma resposta concreta à sociedade, que espera transparência e efetividade na investigação desses contratos emergenciais. O vereador Álvaro Pires tem, com esta presidência, uma oportunidade ímpar de demonstrar um trabalho probo do parlamento, especialmente em um momento em que a Câmara de São Luís enfrenta desgaste de imagem devido à atuação do presidente Paulo Victor.

Há uma preocupação crescente de que a CPI não alcance resultados substanciais e termine em pizza, deixando a população desiludida com a política. A Câmara de São Luís não pode mais uma vez se mostrar refém do prefeito.

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