O vereador Aldir Júnior quase foi preso pela operação do Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Maranhão (MP-MA), que visa combater fraudes licitatórias em prefeituras. E a população segue assistindo representantes que são eleitos pelo povo envolvidos em escândalos de corrupção.
Batizada de “Maranhão Nostrum”, a operação é resultado de uma investigação instaurada pelo Gaeco em 2018, para apurar possíveis fraudes em processos licitatórios para contratação da empresa Águia Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda nos municípios Araguanã, Carutapera, Centro do Guilherme, Maranhãozinho, Pedro do Rosário e Zé Doca entre os anos de 2014 e 2018, período no qual foi movimentado o montante de R$ 159.745.884,37, originado de contratos administrativos pactuados entre as empresas investigadas e os municípios relacionados.
O parlamentar ficou desnorteado. Não esperava por essa batida e quase ia em cana quando a Polícia Civil esteve em sua casa. Aldir é candidato à Presidência da Câmara Municipal de São Luís e seguia esbravejando em entrevistas em rádios seu nome na disputa e exaltando seu trabalho e ética, amparado pelo tio, o poderoso deputado federal Josimar Maranhãozinho, que, de acordo com a investigação, fez parte do quadro societário da empresa Águia Farma Distribuidora de Medicamentos.
Mais de 60 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca da Grande Ilha de São Luís, e estão sendo cumpridos na capital, inclusive na casa de Aldir, e em municípios maranhenses.
Recentemente, em entrevista à rádio Nova FM, ele disse que é homem e tem compromisso com as pessoas. No entanto, deveria aproveitar o momento e realmente trabalhar pela cidade.