A delicada situação de Roberto Rocha; senador não demonstra poder de fogo e deve amargar derrota

O senador Roberto Rocha (PTB), passou os últimos oito anos ouvindo que se hoje ele possui o cargo que exerce, deve-se ao ex-governador Flávio Dino (PSB). Porém, ele sempre relutou em aceitar essa verdade e sempre apresentou elementos que tentavam desmentir a afirmação. No entanto, agora, no momento que ele poderia provar que os 1,476 milhões de votos recebidos em 2014 são seus, o aliado de Bolsonaro no Maranhão não demonstra poder de fogo e de acordo com as pesquisas, ele deve amargar uma dura derrota.

De acordo com a última pesquisa IPEC/TV Mirante divulgada na terça-feira (23), Flávio tem 50% e Roberto 21%; a pesquisa Exata/O Imparcial de 18 agosto aponta, Flávio com 54% e Roberto com 28% e a Econométrica/O Imparcial do dia 17 de agosto mostrou cenário semelhante, 52,4% para o ex-governador contra 28,3% do senador.

Com uma vantagem que oscila entre 23% e 29% de acordo com as pesquisas, já pode ser cravado que dificilmente Roberto Rocha consegue tirar essa diferença, faltam 39 dias para a eleição. O cenário para o senador é tão complicado, pois basta Flávio Dino ter um voto a mais que o segundo colocado e ainda assim será eleito.

Roberto Rocha montou uma frente ampla com apoio do PTB, PDT, PROS, Republicanos, PL, PSD, PSC, PMN, PRTB e AGIR, além de contar com segmentos conservadores, mas ainda sofreu com defecções. Do PSC, Wellington do Curso cruzou os braços; do PSD, Edivaldo Holanda Júnior nem quis participar de qualquer ato ao seu lado; e assim são outros que fazem de conta que estão ajudando a reeleição do senador.

Após oito anos no Senado e vivendo sua própria bolha, sem dialogo com boa parte da classe política e principalmente com o povo, Roberto Rocha deve pagar um preço alto pelas suas escolhas, deve voltar ao ostracismo político assim como viveu entre 2003 e 2006 e de 2010 a 2011, quando tentou ser governador (2002) e senador (2010).

Naquelas duas oportunidades, Roberto Rocha acabou ressurgindo das cinzas e retornando ao cenário político com certa autoridade, o deputado federal mais bem votado em 2006 e vice-prefeito de São Luís em 2012, sendo um dos responsáveis pela primeira grande vitória do grupo Flávio Dino. Agora resta saber, se o então senador terá outra oportunidade e se ainda vai querer novos embates nas próximas eleições, o mais provável é que passe o bastão para seu filho, Roberto Rocha Júnior, que já foi vereador de São Luís.

Com 57 anos, Roberto Rocha ainda tem tempo para voltar a ter cargos eletivos, mas resta saber também se a sua vaidade vai permitir…

Blog do Diego Emir

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