O duplo silêncio cúmplice de uma violência contra mulher

Quando a violência parte do inimigo, há protestos, hashtags, indignação coletiva.
Quando parte de um aliado, o silêncio desce como véu sobre a vítima. Este silêncio não é neutro.

É seletivo, ideológico, e por isso, cúmplice. A violência contra a mulher, quando filtrada por conveniência política, revela que o compromisso de algumas vozes não é com a dignidade feminina — mas com o companheiro.
As senadoras do Maranhão, Ana Paula Lobato e Eliziane Gama, resolveram calar diante as atrocidades ditas pelo Felipe Camarão sobre a deputada Mical Damasceno.

É como se 2/3 do Estado fizessem pouco caso para a violência contra a mulher, em um caso sexista, misógino e de intolerância religiosa.

O compromisso ideológico de Eliziane e Ana Paula fala mais alto que a real defesa dos direitos das mulheres. Eliziane virou a costas duas vezes para Mical, como irmã da mesma igreja e como mulher representante do Maranhão.
Ana Paula atende aos comandos do marido, que não repudiou a atitude de Camarão.
A verdade é quem nem toda mulher será protegida, só as certas.

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