Lula rebate críticas sobre as viagens da primeira-dama e destaca seu papel em eventos internacionais
Durante uma entrevista coletiva realizada em sua visita oficial ao Vietnã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu veementemente a primeira-dama, Janja Lula da Silva, diante de críticas relacionadas à sua participação em eventos internacionais. Em resposta a uma pergunta da BBC Brasil sobre o assunto, Lula foi enfático ao afirmar que Janja não realiza viagens clandestinas e tem um papel importante em discussões globais.
“Primeiro que a minha mulher não é clandestina, ela não faz viagem apócrifa. Ela viaja porque foi convidada para fazer uma viagem. Ela viajou, a convite do presidente Emmanuel Macron, para discutir a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Eu fiquei muito orgulhoso que ela foi lembrada pelo Macron para falar de um assunto que eu poderia ser convidado”, declarou o presidente.
O presidente também aproveitou a oportunidade para criticar a postura da oposição em relação ao tema. Segundo Lula, as acusações baseadas em fake news e falta de seriedade não merecem resposta. “Eu acho que a Janja tem maioridade suficiente para responder aquilo que é sério. Aquilo que é molecagem, fake-news, irresponsabilidade, não precisa responder. A história vai julgar”, declarou.
Durante a abertura da Cúpula “Nutrição para o Crescimento”, em Paris, a primeira-dama Janja Lula da Silva destacou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza como uma plataforma que une vontade política, financiadores e apoio técnico para transformar realidades. “A Aliança se propõe a ser o instrumento para a concretização dos compromissos dessa Cúpula, possibilitando a coordenação da mobilização de recursos financeiros e o estabelecimento de parcerias”, afirmou. Janja também ressaltou o impacto das políticas públicas do governo Lula na segurança alimentar e proteção social, mencionando programas como Bolsa Família, Alimentação Escolar e fomento à agricultura familiar, fundamentais para garantir condições dignas às famílias. Segundo o IBGE, 24,4 milhões de brasileiros saíram da fome em 2023, e dados do relatório SOFI 2024 apontam uma queda de 85% na insegurança alimentar severa no país. “Esses programas continuam sendo essenciais para que as crianças brasileiras e suas famílias tenham condições dignas de vida”, exemplificou.