EUA ameaçam a soberania brasileira com possíveis sanções a autoridades do STF

Assessores levarão a Donald Trump um pacote de sanções a serem aplicadas contra autoridades brasileiras, sob pretexto de violações de direitos humanosPresidente dos EUA, Donald Trump, fala com repórteres, em Washington - 22/02/2025

Os Estados Unidos planejam, segundo Paulo Cappelli, do Metrópoles, impor um controverso pacote de sanções contra diversas autoridades brasileiras, em uma ação que levanta preocupações sobre interferência externa e desrespeito à soberania nacional. A medida teria como principal alvo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pode atingir outros magistrados e integrantes do governo brasileiro. A ofensiva, articulada por assessores de Donald Trump, tenta enquadrar decisões do STF como violações de direitos humanos e abuso de poder, ignorando o papel fundamental da Corte na defesa da democracia e no combate à desinformação.

O texto, que ainda precisa do aval de Trump, estabelece um prazo de 120 dias para que o Departamento de Estado dos EUA amplie a lista de brasileiros a serem sancionados. Entre os potenciais alvos estão ministros da 1ª Turma do STF, juízes auxiliares, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e delegados da Polícia Federal envolvidos em investigações sobre redes de desinformação. O governo norte-americano argumenta que a derrubada de perfis em redes sociais representaria uma ameaça à liberdade de expressão, ignorando que tais ações visaram conter discursos extremistas e campanhas organizadas de fake news que colocam em risco a ordem democrática brasileira.

A ingerência de Washington na política interna do Brasil tem sido amplamente criticada por juristas e analistas políticos, que apontam a hipocrisia do governo Trump ao tentar punir magistrados por decisões legítimas e fundamentadas. A iniciativa tem o apoio do bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) e atual chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, que há meses vem promovendo ataques sistemáticos contra Moraes e o STF, em defesa de setores que se beneficiam da desinformação e da manipulação digital.

A possível aplicação da Lei Magnitsky, sugerida por Musk e seus aliados, poderia impedir Alexandre de Moraes e outros magistrados de entrarem nos EUA e realizarem transações financeiras no país. A medida, no entanto, não intimida os ministros do STF, que reforçam seu compromisso com a defesa da Constituição e a estabilidade democrática.

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