Antônio Américo tenta voltar ao comando da FMF usando interpretação equivocada de decisão do STF

Para críticos da gestão de Américo, a tentativa de se escorar no julgamento do STF seria uma manobra para evitar a continuidade das investigações. O ex-presidente da Federação Maranhense de Futebol (FMF), Antônio Américo, tenta retomar o controle da entidade após seu afastamento, utilizando como argumento uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a atuação do Ministério Público em federações esportivas. A interpretação adotada por Américo e seus aliados, no entanto, é considerada distorcida por especialistas.
A decisão do STF restringiu a legitimidade do Ministério Público para intervir em questões exclusivamente internas(interna corporis) de entidades esportivas privadas, como alterações estatutárias ou disputas de cargos. No entanto, não impede a atuação do MP em casos que envolvam interesse público, irregularidades administrativas, uso de recursos públicos ou prejuízos a atletas, clubes e torcedores.
No caso da FMF, o afastamento de Américo foi motivado por denúncias que ultrapassam o campo interno da federação, incluindo suspeitas de má gestão e práticas que afetam diretamente o futebol maranhense. Com base nisso, juristas apontam que a decisão do STF não anula automaticamente o processo movido pelo MP e nem garante o retorno imediato do ex-dirigente ao cargo.
Para críticos da gestão de Américo, a tentativa de se escorar no julgamento do STF seria uma manobra para evitar a continuidade das investigações e retomar o poder sem responder às acusações. “É uma leitura seletiva e conveniente da decisão, ignorando que o caso da FMF tem impactos muito além da esfera interna”, observa um advogado ligado ao direito esportivo.
Vale destacar que Américo foi interventor antes de se tornar presidente da FMF. Na época, o Ministério Público também usou como base os mesmos argumentos de prejuízo público para o futebol maranhense para intervir na entidade. Alberto Ferreira era o presidente e foi afastado, exemplo de Antônio Américo.
Enquanto o pedido da FMF para extinguir a ação está sob análise judicial, a interventora Susan Lucena segue à frente da entidade, dando prosseguimento a medidas administrativas e mantendo diálogo com clubes e autoridades esportivas.

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